Nas instruções divinas da palavra de Deus, esta alma pequenina, instruída por divina inspiração, vê mais profundo do que o soído das palavras e das frases e distingue sentidos novos e luzes altíssimas, sente gosto e prazer neste alimento celeste.
Há um encanto oculto em tudo o que é sagrado. No sacramento da penitência deves ver um meio doce de mergulhar no sangue do Senhor e limpar-te até dos resquícios de poeira. Terás para com a Eucaristia uma atração irresistível. A comunhão será o teu céu sobre a terra.
As festas litúrgicas da Igreja com suas pomposas comemorações fazem a alma pequenina viver num ambiente embalsamado do incenso delicioso da piedade. É uma fonte puríssima onde se bebe com avidez.
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Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face |
[O Catecismo de São Pio X lembra que são necessárias apenas três coisas para fazer uma comunhão bem feita: estar em estado de graça (se estiver em pecado mortal deve-se confessar e não basta a contrição perfeita); estar em jejum uma hora antes da comunhão; e saber o que se vai receber, ou seja, Nosso Senhor Jesus Cristo, em consequência, aproximar-se da sagrada Comunhão com devoção.]
O céu de Jesus, onde encontra suas delícias, é o nosso coração tão pobrezinho e tão necessitado de Deus.
É assim que te fortaleces para os pesados combates da vida. Deve ser grande teu amor pela sagrada comunhão, a ponto de arrastares todo e qualquer sacrifício para receber o pão sagrado todos os dias, achando na comunhão a melhor paga de teus trabalhos e sofrimentos.
O Senhor, que enche a terra de seus mistérios e maravilhas, há de cumprir e completar todos os teus desejos, porque esses anseios foi ele mesmo que os colocou em teu coração. Ora, Deus não inspiraria desejos que não quisesse cumprir. Alimenta pois o desejo de viver intimamente unido a ele sobre a face da terra, sem interrupção.
Do amor entranhado à eucaristia, serás levado a apreciar de modo particular o caráter sublime do sacerdócio. Que respeito e amor merecem aqueles que sobem o altar do Senhor para realizar os sagrados mistérios!
(Extraído do livro “A Infância Espiritual (Santa Teresinha), do monsenhor Ângelo R. Lucena. São Paulo: Paulus, 1987)
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