domingo, 30 de junho de 2013

A GRANDE PROMESSA DO CORAÇÃO DE MARIA

(Aparição de Nossa Senhora à irmã Lúcia, vidente de Fátima, na cidade espanhola de Pontevedra)
J. M. J.
No dia 17-12-1927, foi junto do Sacrário perguntar a Jesus como satisfaria o pedido que Ihe era feito, se a origem da devoção ao Imaculado Coração de Maria estava encerrada no segredo que a SS. Virgem Ihe tinha confiado.
Jesus, com voz clara, fez-lhe ouvir estas palavras:
– Minha filha, escreve o que te pedem; e tudo que te revelou a SS. Virgem, na aparição em que falou desta devoção, escreve-o também; quanto ao resto do segredo, continua o silêncio.
O que em 1917 foi confiado a este respeito é o seguinte: ela pediu para os levar para o Céu. A SS. Virgem respondeu:
– Sim; a Jacinta e o Francisco levo-os em breve, mas tu ficas cá mais algum tempo. Jesus quer servir-se de ti para Me fazer conhecer e amar. Ele quer estabelecer no Mundo a devoção ao Meu Imaculado Coração. A quem a abraçar, prometo a salvação, e serão queridas de Deus estas almas, como flores postas por Mim a adornar o Seu trono.
– Fico cá sozinha? – disse, com tristeza.
– Não, filha. Eu nunca te deixarei. O Meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus.
Dia 10-12-1925, apareceu-lhe a SS. Virgem e, ao lado, suspenso em uma nuvem luminosa, um Menino. A SS. Virgem, pondo-lhe no ombro a mão e mostrando, ao mesmo tempo, um coração que tinha na outra mão, cercado de espinhos.
Ao mesmo tempo, disse o Menino:
– Tem pena do Coração de tua SS. Mãe que está coberto de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos Lhe cravam sem haver quem faça um acto de reparação para os tirar.
Em seguida, disse a SS. Virgem:
– Olha, minha filha, o Meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos Me cravam, com blasfémias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar e diz que todos aqueles que durante 5 meses, ao 1.° sábado, se confessarem, recebendo a Sagrada Comunhão, rezarem um Terço e Me fizerem 15 minutos de companhia, meditando nos 15 mistérios do Rosário, com o fim de Me desagravar, Eu prometo assistir-lhes, na hora da morte, com todas as graças necessárias para a salvação dessas almas.
No dia 15-2-1926, apareceu-lhe, de novo, o Menino Jesus. Perguntou se já tinha espalhado a devoção a Sua SS. Mãe. Ela expôs-Lhe as dificuldades que tinha o Confessor e que a Madre Superiora estava pronta a propagá-la, mas que o Confessor tinha dito que ela, só, nada podia. Jesus respondeu:
– É verdade que a tua Superiora, só nada pode; mas, com a Minha graça, pode tudo.
Apresentou a Jesus a dificuldade que tinham algumas almas em se confessar ao sábado e pediu para ser válida a confissão de 8 dias. Jesus respondeu:
– Sim, pode ser de muitos mais ainda, contanto que, quando Me receberem, estejam em graça e que tenham a intenção de desagravar o Imaculado Coração de Maria.
Ela perguntou:
– Meu Jesus, as que se esquecerem de formar essa intenção?
Jesus respondeu:
– Podem formá-la na outra confissão seguinte, aproveitando a 1.ª ocasião que tiverem de se confessar.

[Padre Luís Kondor, SVD. Memórias da Irmã Lúcia I. Fátima: Secretariado dos Pastorinhos, 2007. Disponível online em http://www.pastorinhos.com/_wp/wp-content/uploads/MemoriasI_pt1.pdf]

sábado, 29 de junho de 2013

Meditações de São João Bosco: O juízo

São João Bosco, rogai por nós!
1. O juízo é a sentença que o Salvador ha de pronunciar no fim da nossa vida, sentença com a qual fixará o destino de cada um por toda a eternidade. Apenas a alma tiver saído do corpo, comparecerá logo perante o supremo Juiz. A primeira coisa que torna este comparecimento terrível à alma do pecador, é que a alma se encontrará sozinha na presença de um Deus desprezado, de um Deus que conhece todos os segredos do nosso coração, todos os nossos pensamentos. E que levaremos conosco? Levaremos aquele pouco de bem ou mal que tivermos feito durante a vida: Ut réferat unusquísque própria córporis, prout gessit, sive bonum, sive malum. Não se pode então inventar nem excusa nem pretexto nenhum. Santo Agostinho, falando deste tremendo comparecimento, diz: "Quando tu, ó homem, compareceres diante do Criador para seres julgado, terás sobre tua cabeça um juiz indignado; de um lado, os pecados que te acusam; de outro os demônios prontos a executar a condenação; dentro de ti uma consciência que te agita e te atormenta; debaixo de ti um inferno aberto, pronto a tragar-te". Em tais apertos, para onde irás, para onde fugirás? Feliz de ti, ó meu filho, se tiveres feito o bem durante a tua vida. Entretanto o divino Juiz abrirá os livros da consciência e começará o exame: Iudícium sedit, et libri apérti sunt.
2. Então dirá aquele Juiz inapelável: Quem és tu? — Sou um cristão, responderás. — Bem, replicará ele; se és cristão, vamos ver se procedeste como cristão. Em seguida começará  a recordar as promessas feitas no Santo Batismo, pelas quais renunciaste ao demônio, ao mundo, à carne; lembrar-te-á as graças que te concedeu, as muitas vezes que recebeste os  Sacramentos, as pregações, as instruções, os avisos dos confessores, as correções dos pais: tudo será posto diante de ti. — Mas tu, dirá então o divino Juiz, apesar de tantos dons, de tantas graças, oh! quão mal correspondeste à tua profissão de cristão! mal chegando à idade em que apenas começavas a conhecer-me, começaste a ofender-me com mentiras, com faltas de respeito na igreja, com desobediências a teus pais e com muitas outras transgressões dos teus deveres. Ainda bem se com o correr dos anos tivesses melhorado o teu procedimento, mas não: juntamente com a idade, aumentou em ti, infelizmente, também o desprezo à minha lei. Missas perdidas, profanação dos dias santos, blasfêmias, jejuns não observados, Confissões mal feitas, Comunhões às vezes sacrílegas, escândalos dados aos companheiros: eis o que fizeste em vez de servir-me.
Voltar-se-á para o escandaloso, cheio de indignação, dizendo: "Vês aquela alma que caminha pela estrada do pecado? Foste tu, com as tuas conversas imorais, que lhe ensinaste a malícia. Tu, como cristão que és, devias ensinar com o bom exemplo o caminho do Céu aos teus companheiros. Pelo contrário, traindo o meu Sangue, lhes ensinaste o caminho da perdição. Vês aquela alma no inferno? Foste tu com teus pérfidos conselhos que a arrancaste a mim para entregá-la ao demônio. Foste tu a causa da sua eterna perdição. Agora pague a tua alma por aquela outra que deitaste a perder com o teu escândalo: Répetam animam tuam pro anima illius".
Que te parece, meu filho deste exame? que te diz a consciência? estás ainda em tempo, se quiseres: pede a Deus perdão de teus pecados e faze um sincero propósito de não tornar a pecar. Começa desde hoje uma vida de bom cristão, preparando-te assim um tesouro de boas obras para o dia em que deverás comparecer perante o tribunal de Jesus Cristo.
3. À vista das rigorosas contas que o Juiz supremo exige do pecador, tentará este aduzir alguma excusa ou pretexto, dizendo que não sabia que deveria ser submetido a um exame tão rigoroso. Mas receberá esta resposta: "E não ouviste aquele sermão e aquela explicação do catecismo? Não leste naquele livro que eu haveria de pedir rigorosas contas de tudo?" O infeliz então se encomendará à misericórdia divina; mas a misericórdia não é mais para ele, porque não merece misericórdia quem por tanto tempo dela abusou e porque na morte termina o tempo da misericórdia. Recomendar-se-á aos Anjos, aos Santos, a Maria Santíssima; e Maria responderá por todos: "Agora é que pedes o meu auxílio? Não me quiseste por mãe durante a vida e agora já não te quero por filho; já te não conheço".
Então o pecador, não encontrando mais nenhum refúgio, gritará às montanhas, aos rochedos que o cubram e eles não se moverão. Invocará o inferno e vê-lo-á aberto: Inférius horréndum chaos. Esse é o momento em que o inexorável Juiz proferirá a tremenda sentença: "Filho infiel, dirá, para longe de mim. Meu Pai celeste te amaldiçoou: eu também te amaldiçoo. Vai para o fogo eterno" a gemer e sofrer com os demônios por toda a eternidade: Discédite a me, maledícti, in ignem aetérnum".
Aquela alma infeliz, antes de afastar-se para sempre do seu Deus, volverá pela última vez o olhar ao Céu e no auge da desolação dirá: "Adeus, companheiros, adeus, amigos que habitais o reino da glória; adeus, pai, mãe, irmãos, irmãs; vós gozareis para sempre e eu serei para sempre atormentado. Adeus, meu Anjo da Guarda, Anjos e Santos todos do Paraíso: não vos tornarei a ver jamais. Adeus, ó Salvador, adeus, ó Cruz santa, adeus, ó Sangue em vão por mim derramado; não vos tornarei a ver mais. Desde este momento eu não sou filho de Deus; serei para sempre escravo dos demônios no inferno". — Então os demônios, que já terão ficado senhores dessa alma, arrastando-a e empurrando-a, a farão cair nos seus abismos de torturas, de misérias, de tormentos eternos.
Meu filho, não receias que tal sentença seja também a tua? Ah! por amor de Jesus e de Maria, prepara com boas obras uma sentença favorável e lembra-te que como é terrível a sentença proferida contra o pecador, igualmente consolador será o convite que há de dirigir Jesus a quem viveu cristãmente. "Vem, dirá, vem para a posse da glória, que te preparei. Tu me serviste com fidelidade no breve tempo de tua vida; agora gozarás eternamente : Intra in gáudium Dómini tui".
Meu Jesus, concedei-me a graça de poder ser também eu um desses bem-aventurados. Virgem Santíssima, ajudai-me; protegei-me na vida e na morte e especialmente quando me apresentar ao vosso divino Filho para ser julgado.

Meditações de São João Bosco: A morte

Dom Bosco em meio aos jovens
1. A morte é a separação da alma do corpo, com um total abandono das coisas deste mundo. Considera, portanto, meu filho, que a tua alma deverá separar-se do corpo; mas não sabes onde se dará esta separação. Não sabes se a morte te assaltará na tua cama, ou durante o trabalho, ou na rua, ou em outra parte. A ruptura de uma veia, uma hemorragia, uma febre, uma chaga, uma queda, um terremoto, um raio, bastam para te tirar a vida. Isso pode acontecer daqui a um ano, daqui a um mês, a uma semana, a uma hora e talvez, ao terminar a leitura desta consideração. Quantos se deitaram à noite cheios de saúde e de manhã foram encontrados mortos! Quantos acometidos de algum ataque morreram de repente! E depois para onde foram? Se estavam na graça de Deus felizes deles! Gozarão para sempre. Sei, pelo contrário, se achavam em pecado mortal, estão para sempre perdidos. Dize-me, filho, se tivesses que morrer neste instante, que seria de tua alma? Ai de ti, se não te manténs sempre preparado! Quem não está hoje preparado para bem morrer, corre grande perigo de morrer mal.
2. Embora seja incerto o lugar e incerta a hora de tua morte, é, porém muito certo que a morte há de vir. Quero esperar que a última hora de tua vida não venha repentinamente ou de modo violento, mas aos. poucos e precedida de uma doença comum. Mas há de chegar um dia no qual, estendido numa cama, estarás prestes a passar à eternidade assistido por um sacerdote que encomendará tua alma, tendo um crucifixo ao lado, uma vela acesa do outro e em derredor os parentes que choram. Terás a cabeça dolorida, os olhos embaçados, a língua ressequida, a garganta presa, a respiração ofegante, o sangue a arrefecer, o corpo exausto, o coração oprimido. E assim que a alma expirar, o teu corpo vestido de poucos andrajos será lançado a apodrecer em uma cova. Aí os ratos e os vermes roerão todas as tuas carnes e de ti restarão apenas alguns ossos descarnados e um pouco de pó repugnante. Abre um sepulcro e vê a que ficou reduzido aquele jovem rico, aquele ambicioso, aquele soberbo. Lê com atenção estas linhas, meu filho, e lembra-te que elas se aplicam também a ti, igualmente como a todos os demais homens. Agora o demônio, para induzir-te a pecar, procura arrancar-te deste pensamento e levar-te a excusar as tuas culpas dizendo-te não ser enfim tão grande mal aquele prazer, aquela desobediência, aquela omissão da Missa nos domingos. Mas na hora da morte descobrir-te-á a gravidade destes e de outros teus pecados, pondo-os diante de ti. E que haverás de fazer tu então, no momento de te encaminhares para a tua eternidade? Ai de quem se achar em desgraça de Deus naquele instante! 3. Considera que do instante da morte depende a tua eterna salvação ou eterna perdição. Nas proximidades da morte, ao avizinhar-se aquela última vez que a boca se fecha, à luz daquela vela, quantas coisas se hão de ver! Duas vezes temos diante de nós uma vela acesa: quando somos batizados e em ponto de morte; a primeira vez, para conhecermos os preceitos da lei divina que devemos guardar; a segunda, para que vejamos se os temos cumprido. Por isso, meu filho, à luz dessa vela hás de ver se amaste o teu Deus ou se o desprezaste; se honraste o seu santo nome ou se o blasfemaste; hás de ver os dias santos profanados, as Missas deixadas, as desobediências aos superiores, os maus exemplos dados aos companheiros; verás aquela soberba, aquele orgulho que te lisonjeava; verás... mas, oh! meu Deus! tudo verás naquele momento, no qual se abrirá diante de ti o caminho da eternidade; Moméntum a quo pendet aetérnitas. Oh! grande, oh! terrível momento, do qual depende uma eternidade de glória ou de tormentos! Compreendes bem o que te digo? Quero dizer que daquele momento depende ir para o Céu ou para o inferno; ser para sempre feliz ou para sempre infeliz; para sempre filho de Deus ou para sempre escravo do demônio; para sempre gozar com os Anjos e com os Santos do Céu ou gemer e arder para sempre com os condenados no inferno!
Teme grandemente pela tua alma e pensa que do viver bem depende uma boa morte e uma eternidade de glória. Por isso, não defiras por mais tempo e prepara-te desde já para fazer uma boa Confissão e dispor bem as coisas da tua consciência, prometendo a Nosso Senhor perdoar aos teus inimigos, reparar os escândalos dados, santificar os dias de guarda, cumprir os deveres do teu estado.
E agora, põe-te na presença do teu Deus e dize-lhe de coração: "Meu Deus, desde este momento eu me converto a Vós; amo-vos, quero amar-vos e servir-vos até à morte. Virgem Santíssima, minha Mãe, ajudai-me naquele terrível momento. Jesus, José e Maria, expire em paz entre vós a minha alma".

Meditações de São João Bosco: O pecado mortal


Dom Bosco abençoando os jovens
1. Oh! se soubesses, meu filho, o que fazes quando cometes um pecado mortal! Dás as costas àquele Deus que te criou e te cumulou de benefícios; desprezas a sua graça e a sua amizade. Quem peca diz com os fatos ao Senhor: "Apartai-vos de mim, já não quero obedecer-vos, não vos quero servir, não vos quero reconhecer por meu Senhor: Non serviam. O meu Deus é aquele prazer, aquela vingança, aquele ódio, aquela conversação obscena, aquela blasfêmia". Poder-se-á imaginar ingratidão mais monstruosa do que esta? Entretanto, meu filho, tudo isto fizeste quando ofendeste ao teu Senhor.
2. Maior ainda se torna esta ingratidão, refletindo que, para pecar, serves-te das mesmas coisas que Deus te deu. Ouvidos, olhos, boca, língua, mãos, pés, são todos dons de Deus e tu deles te serviste para ofendê-lo! Ah! ouve pois o que te diz o Senhor: "Filho, eu te criei do nada; dei-te tudo o que agora tens, fiz-te nascer na verdadeira Religião e receber o Santo Batismo. Podia deixar-te morrer quando estavas no pecado: conservei-te a vida para não condenar-te ao inferno. E tu, esquecido de tantos benefícios, queres servir-te dos meus próprios dons para ofender-me?" Quem não se sentirá tomado de profundo pesar por ter feito tamanha injúria a um Deus tão bom, tão benfazejo para conosco, suas miseráveis criaturas?
3. Deves ainda considerar que este Deus, embora seja bom e infinitamente misericordioso, todavia fica muito indignado quando o ofendes. Por isso, quanto mais tempo viveres no pecado, tanto mais vais provocando e acumulando a ira de Deus contra ti. Deves portanto recear muito que os teus pecados cheguem a tal número que Ele por fim te abandone. In plenitúdine peccatórum púniet. Não que isto aconteça por te faltar a misericórdia divina, mas é que te faltará o tempo para pedir perdão, pois que não merece a misericórdia de Deus quem dela abusa para ofendê-lo. Com efeito, quantos viveram no pecado na esperança de converter-se e entretanto chegou a morte e faltou-lhes o tempo para disporem os negócios da consciência e agora estão eternamente perdidos! Teme que não venha acontecer a mesma coisa a ti. Depois de tantos pecados que Deus te perdoou, deves com razão recear que, com mais algum pecado mortal, a ira divina te fulmine e te precipite no inferno. Dá graças a Deus por ter-te esperado até agora e toma desde já uma firme resolução dizendo: "Basta, meu Deus! O pouco de vida que ainda me resta não a quero desperdiçar em ofender-vos. Hei de empregá-la em vos amar e chorar os meus pecados. Arrependo-me de todo o coração. Meu Jesus, quero amar-vos; dai-me força. Virgem Santíssima, Mãe de meu Jesus, ajudai-me. Assim seja".

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Aulas de Latim em Juiz de Fora

Acontecem todos os sábados, às 14h, no Instituto Cultural Santo Tomás de Aquino, localizado na Rua Braz Bernardino, 73, centro de Juiz de Fora (prédio ACBEU, após o Braz Shopping).
Não é necessário conhecimento prévio. Aberto a todos os interessados.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Liber Brevior

Para aqueles que querem aprender a cantar o milenar Canto Gregoriano, único oficial da Liturgia Romana, ou simplesmente continuar cantando na Missa, agora tem uma opção mais leve e econômica ao famosos Liber Usualis.

Ao contrário do citado Usualis, o Liber Brevior traz os textos destinados para a celebração da Missa Romana, na forma extraordinária, mas não traz a parte destinada a todo o ofício divino (ainda que traga o canto para as tradicionais Vésperas de Domingo). Essa característica, associada a uma boa impressão e papel  bíblia de excelente qualidade, propiciou um livro completo para a liturgia da Missa, leve (não o famoso tijolão do Liber Usualis) e prático.

Contêm tabela das festas de data variável até 2041, o Prefácio às Edições Vaticanas de Canto Romano, Rubricas para o Canto da Missa e Regras de Interpretação dos Cantos (que formam um verdadeiro curso breve de canto gregoriano, em Inglês). Traz o ordinário da Missa todo em Latim; o Kyriale completo com as suas 18 missas, 5 credos e cantos ad libitum; os tons comuns da Missa, para os Dominus Vobiscum e outros; a Missa para os falecidos com as cerimônias para o enterro; os próprios da Missa do temporal e do santoral (que corresponde ao Graduale Romanum). Há um apêndice, com os Te Deum, Invocações ao Espírito Santo, Solene recepção de um Bispo, e resumo da administração do Crisma. Traz também as Vésperas de Domingo; o Comum da Bem-Aventurada Virgem Maria, com as antifonas à Virgem em tom simples e solene. Tem Cantos para a Bênção do Santíssimo; para várias partes do ano litúrgico e festas; em honra a Bem-Aventurada Virgem Maria; para o Papa, o Bispo e a Paz. O livro é tão completo que traz ainda os próprios da Missa (Graduais, aleluias e tractos) nos tons de salmodia simples e solene, para as Igrejas que não tem condições de executar os cantos do Graduale incluso.

É realmente uma aquisição explêndida, que vale a pena cada centavo (que está bem em conta, ao se ater que um Liber Usualis está em torno de R$ 300,00 a 400,00, devido a importação).

Para pedidos, clique no link de compras: http://loja.cursoscatolicos.com.br/index.php?route=product%2Fproduct&product_id=61











sábado, 8 de junho de 2013

Sobre a Tríplice Concupiscência e os Conselhos Evangélicos

São João Maria Vianney,
rogai por nós e pelos sacerdotes
“Porque tudo o que há no mundo é concupiscência da carne, concupiscência dos olhos e soberba de vida” (I Jo II, 16).

Com estes versículos, São João resume bem as consequências do pecado original que todos os homens, a exceção de Nosso Senhor Jesus Cristo e de sua Mãe Santíssima, nasceram sob o domínio.
 Por concupiscência da carne ele se refere ao apego desordenado à sensualidade, seja ele através da gula e do abuso da bebida, que é como que uma preparação para o próximo estágio, seja através da falta de castidade, que toda a humanidade é chamada a viver, segundo seu estado de vida (como a castidade conjugal, em que os esposos têm relações sexuais com a abertura à procriação e como remédio para a própria concupiscência). É inclusa aí a luxúria.
 Por concupiscência dos olhos ele se refere ao apego desordenado aos bens temporais. E inclusa aí a avareza. Vai contra o desapego dos bens materiais que a Igreja sempre convidou a todos a terem, ricos e pobres, e ao auxílio daqueles que tem mais devem dar aos que tem menos.
 Por soberba de vida, São João se refere ao orgulho, à soberba, talvez a cabeça de todos os pecados e o único pecado que fez perder os anjos.
 Como remédio, devemos sempre pedir em oração ao Espírito Santo as virtudes que são contrárias: a castidade, o desapego dos bens materiais e a humildade; e rezar uns pelos outros para que correspondamos à graça de Deus, que nunca nega àqueles que pedem com o coração sincero.
 A uma classe de filhos da Igreja, na qual Nosso Senhor Jesus Cristo chama a uma santidade maior, ele dá os chamados conselhos evangélicos. Estes conselhos são seguidos pelos religiosos e religiosas, mas, sobretudo, pelos sacerdotes, classe de filhos da Igreja que deve exceder em santidade a todas as outras, até mesmo a dos religiosos.
 Os conselhos evangélicos, como o próprio nome indica, são conselhos e não são para todos. Para a humanidade inteira são necessárias as virtudes citadas: castidade segundo o estado de vida; desapego dos bens materiais; humildade. Para estes filhos chamados a um alto grau de santidade Nosso Senhor dá os conselhos, que são: os votos de castidade, de pobreza e de obediência.
 O voto de castidade é vivido na completa continência, abstendo-se de toda e qualquer relação sexual.
 O voto de pobreza é vivido não tendo posse de nada (esse voto, pelas suas particularidades, pode ser vivido desde a renúncia da posse e do usufruto dos bens; até a renúncia da posse, mas com manutenção do usufruto dos bens, principalmente de objetos pessoais, como as vestes, livros e paramentos litúrgicos).
 O voto de obediência, talvez o menos compreendido atualmente, consiste em sacrificar a vontade em favor da vontade do superior. Revela um alto grau de humildade. Mas é preciso salientar que não é obediência cega, sem discernimento. Dou alguns exemplos: um superior que ordenasse um pecado não deveria ser obedecido, como um que mandasse seu inferior matar alguém; uma ordem iníqua também não deve ser obedecida, como por exemplo, um superior que, para punir a falta do seu inferior, mandasse ficar nu em frente da comunidade para humilhá-lo; igualmente aquele superior que vendo que seu inferior tem grande amor para com a Eucaristia, mandasse profana-la para puni-lo. A obediência é, sobretudo, naquilo que a Igreja sempre ensinou. São Paulo já dizia que se um anjo viesse e pregasse outro evangelho, seja anátema! Da mesma forma, se um anjo ordenasse algo diferente do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, seja também anátema.
 O demônio, em suas tentações, usa o lado mais fraco da pessoa. Para aqueles obrigados aos conselhos evangélicos por voto, ele vê em qual voto a pessoa tem mais fraqueza. Lamentavelmente, é principalmente contra um dos três votos que ocorre a queda daqueles que o fazem, sobretudo os padres.
 Por isso, devemos sempre rezar pelo clero, sobretudo pelos sacerdotes, para que tenham as graças necessárias de Deus para manter os três votos e progredir sempre na santidade. Devemos pedir mais ainda se sabemos de alguém que teve a desgraça de não corresponder à graça de Deus e violou um dos votos. Estes, principalmente, necessitam de nossas orações e de nossas mortificações, unidas, pelas mãos de Nossa Senhora, aos sacrifícios de Cristo, em especial ao Sacrifício da Missa.
A superação da crise da Igreja passará necessariamente por nossa santificação, mas, sobretudo, pela santificação daqueles que tem a cura das almas, pois eles são instrumento de santificação dessas almas.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Meditações de São João Bosco: Fim do homem

Dom Bosco escutando as confissões dos jovens
1. Considera, meu filho, que este teu corpo, esta tua alma te foram dados por Deus, sem nenhum merecimento de tua parte, quando te criou à sua imagem. Ele te fez seu filho no Santo Batismo, amou-te e ama-te ainda com ternura de pai e criou-te para este único fim: para que o ames e o sirvas nesta vida e possas assim ser um dia eternamente feliz com Ele no Céu.
Não estás portanto no mundo somente para gozar, nem para enriquecer, nem para comer, beber e dormir, como os animais. O teu fim é muitíssimo mais nobre e mais sublime; o teu fim é amar e servir ao teu Deus e salvar a tua alma. Se assim fizeres, quantas consolações experimentarás na hora da morte! Mas se não procurares servir a Deus, quantos remorsos terás no fim da vida! As riquezas, os prazeres que buscaste com tanto afã somente te servirão para encher o teu coração de amargura e então conhecerás o mal que tais coisas fizeram à tua alma.
Meu filho, não queiras de modo algum pertencer ao número daqueles que pensam somente em satisfazer o corpo com atos, conversas e divertimentos maus. Naquela hora extrema se encontrarão em grande perigo de se condenarem eternamente. Um secretário do rei da Inglaterra expirava dizendo: "Ai de mim! gastei tanto papel em escrever as cartas do meu príncipe e não usei uma folha sequer para tomar nota dos meus pecados e fazer uma boa Confissão!"
2. Torna-se ainda maior aos teus olhos a importância deste fim, se consideras que dele depende a tua salvação ou a tua perdição. Se salvas a alma, tudo estará bem e gozarás para sempre; mas se não alcançares isto, perderás alma e corpo, Deus e Paraíso e serás condenado para sempre. Não imites aqueles infelizes que se iludem dizendo: "Cometo este pecado, mas depois me confessarei". Não te enganes a ti mesmo desta forma. Deus amaldiçoa a quem peca na esperança do perdão: Maledíctus homo qui peccat in spe. Lembra-te que todos os que estão no inferno tinham esperança de emendar-se mais tarde e no entanto se perderam eternamente. Quem sabe se depois terás tempo para confessar-te? Quem te garante que não hajas de morrer logo depois do pecado e que a tua alma não seja precipitada no inferno? Além disso, que grande loucura não seria ferir-te a ti mesmo na esperança de que o médico te venha depois curar a ferida! Afasta pois a enganadora ideia de poderes entregar-te a Deus mais tarde. Neste mesmo momento detesta e abandona o pecado, que é o maior de todos os males e que, afastando-te do teu fim, te priva de todos os bens.
3. Quero ainda indicar à tua consideração um laço terrível com que o demônio prende e arrasta à perdição tantos cristãos: é deixar que aprendam as coisas da religião, mas não as pratiquem. Eles sabem que foram criados por Deus para amá-lo e servi-lo e entretanto, com suas obras, parece que buscam somente a própria ruína. Quantas pessoas não vemos nós neste mundo que em tudo pensam menos em salvar-se? Se digo a um jovem que frequente os Sacramentos, que faça um pouco de oração, responde-me: "Tenho mais que fazer; preciso trabalhar, preciso divertir-me". Ó infeliz! E acaso não tens uma alma para salvar?
Por isso, tu, ó jovem cristão, que lês esta consideração, vê lá, não te deixes enganar desta maneira pelo demônio. Promete a Deus que tudo o que fizeres ou disseres e pensares no futuro será para o bem da tua alma; porque seria a maior loucura ocupar-te com tanto empenho no que acaba tão depressa e pensar tão pouco na eternidade, que nunca há de acabar. São Luiz podia ter prazeres, riquezas e honras, mas renunciou a tudo dizendo: "Que me serve tudo isto para a minha eternidade?" — Quid haec ad aeternitátem? — Conclue também tu da mesma maneira: "Tenho uma alma; se a perco, perco tudo. Que me vale ganhar o mundo inteiro, se isto for com prejuízo de minha alma? Quid enim prodest hómini, si mundum univérsum lucrétur, ánimae vero suae detriméntum patiátur? De que me serve vir a ser um grande homem, um ricaço, adquirir fama de sábio, tornando-me conhecedor de todas as artes e ciências deste mundo, se depois vier a perder a minha alma?" De nada te serviria toda a sabedoria de Salomão, se viesses a perder-te.
Dize pois assim: "Fui criado por Deus para salvar a minha alma e a quero salvar a todo o custo. Quero que no futuro o único fim das minhas ações seja amar a Deus e salvar a minha alma. Trata-se de ser ou para sempre feliz ou para sempre infeliz. Perca-se tudo, contanto que me salve! Meu Deus, concedei-me o perdão dos meus pecados e fazei que não caia jamais na desgraça de ofender-vos. Ajudai-me com a vossa santa graça para que possa fielmente amar-vos e servir-vos para o futuro. Maria, minha esperança, intercedei por mim".
(Fonte: Dom Bosco: O Jovem Instruído. São Paulo: Livraria Salesiana Editora, 1952, páginas 52-55)

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Vídeos de algumas Missas

Algumas das Missas que filmamos nas diversas igrejas e capelas por onde passamos.

27/05/2012, Pentecostes, Igreja de São Sebastião, bairro Barreira do Triunfo, Juiz de Fora/MG Pe. Elílio de Faria Matos Jr.


16/06/2012 Missa de S. Maria in Sabbato, Capela São Domingos, bairro Teixeiras, Mons. Miguel Falabella de Castro


27 de outubro de 2012, Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, Capela Nosso Senhor dos Passos. Mons. Miguel Falabella de Castro

30 de maio de 2013, Solenidade de Corpus Christi, Capela San Francesco de Paola (Casa D'Itália). Mons. Miguel Falabella de Castro.