sábado, 29 de junho de 2013

Meditações de São João Bosco: O pecado mortal


Dom Bosco abençoando os jovens
1. Oh! se soubesses, meu filho, o que fazes quando cometes um pecado mortal! Dás as costas àquele Deus que te criou e te cumulou de benefícios; desprezas a sua graça e a sua amizade. Quem peca diz com os fatos ao Senhor: "Apartai-vos de mim, já não quero obedecer-vos, não vos quero servir, não vos quero reconhecer por meu Senhor: Non serviam. O meu Deus é aquele prazer, aquela vingança, aquele ódio, aquela conversação obscena, aquela blasfêmia". Poder-se-á imaginar ingratidão mais monstruosa do que esta? Entretanto, meu filho, tudo isto fizeste quando ofendeste ao teu Senhor.
2. Maior ainda se torna esta ingratidão, refletindo que, para pecar, serves-te das mesmas coisas que Deus te deu. Ouvidos, olhos, boca, língua, mãos, pés, são todos dons de Deus e tu deles te serviste para ofendê-lo! Ah! ouve pois o que te diz o Senhor: "Filho, eu te criei do nada; dei-te tudo o que agora tens, fiz-te nascer na verdadeira Religião e receber o Santo Batismo. Podia deixar-te morrer quando estavas no pecado: conservei-te a vida para não condenar-te ao inferno. E tu, esquecido de tantos benefícios, queres servir-te dos meus próprios dons para ofender-me?" Quem não se sentirá tomado de profundo pesar por ter feito tamanha injúria a um Deus tão bom, tão benfazejo para conosco, suas miseráveis criaturas?
3. Deves ainda considerar que este Deus, embora seja bom e infinitamente misericordioso, todavia fica muito indignado quando o ofendes. Por isso, quanto mais tempo viveres no pecado, tanto mais vais provocando e acumulando a ira de Deus contra ti. Deves portanto recear muito que os teus pecados cheguem a tal número que Ele por fim te abandone. In plenitúdine peccatórum púniet. Não que isto aconteça por te faltar a misericórdia divina, mas é que te faltará o tempo para pedir perdão, pois que não merece a misericórdia de Deus quem dela abusa para ofendê-lo. Com efeito, quantos viveram no pecado na esperança de converter-se e entretanto chegou a morte e faltou-lhes o tempo para disporem os negócios da consciência e agora estão eternamente perdidos! Teme que não venha acontecer a mesma coisa a ti. Depois de tantos pecados que Deus te perdoou, deves com razão recear que, com mais algum pecado mortal, a ira divina te fulmine e te precipite no inferno. Dá graças a Deus por ter-te esperado até agora e toma desde já uma firme resolução dizendo: "Basta, meu Deus! O pouco de vida que ainda me resta não a quero desperdiçar em ofender-vos. Hei de empregá-la em vos amar e chorar os meus pecados. Arrependo-me de todo o coração. Meu Jesus, quero amar-vos; dai-me força. Virgem Santíssima, Mãe de meu Jesus, ajudai-me. Assim seja".

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Aulas de Latim em Juiz de Fora

Acontecem todos os sábados, às 14h, no Instituto Cultural Santo Tomás de Aquino, localizado na Rua Braz Bernardino, 73, centro de Juiz de Fora (prédio ACBEU, após o Braz Shopping).
Não é necessário conhecimento prévio. Aberto a todos os interessados.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Liber Brevior

Para aqueles que querem aprender a cantar o milenar Canto Gregoriano, único oficial da Liturgia Romana, ou simplesmente continuar cantando na Missa, agora tem uma opção mais leve e econômica ao famosos Liber Usualis.

Ao contrário do citado Usualis, o Liber Brevior traz os textos destinados para a celebração da Missa Romana, na forma extraordinária, mas não traz a parte destinada a todo o ofício divino (ainda que traga o canto para as tradicionais Vésperas de Domingo). Essa característica, associada a uma boa impressão e papel  bíblia de excelente qualidade, propiciou um livro completo para a liturgia da Missa, leve (não o famoso tijolão do Liber Usualis) e prático.

Contêm tabela das festas de data variável até 2041, o Prefácio às Edições Vaticanas de Canto Romano, Rubricas para o Canto da Missa e Regras de Interpretação dos Cantos (que formam um verdadeiro curso breve de canto gregoriano, em Inglês). Traz o ordinário da Missa todo em Latim; o Kyriale completo com as suas 18 missas, 5 credos e cantos ad libitum; os tons comuns da Missa, para os Dominus Vobiscum e outros; a Missa para os falecidos com as cerimônias para o enterro; os próprios da Missa do temporal e do santoral (que corresponde ao Graduale Romanum). Há um apêndice, com os Te Deum, Invocações ao Espírito Santo, Solene recepção de um Bispo, e resumo da administração do Crisma. Traz também as Vésperas de Domingo; o Comum da Bem-Aventurada Virgem Maria, com as antifonas à Virgem em tom simples e solene. Tem Cantos para a Bênção do Santíssimo; para várias partes do ano litúrgico e festas; em honra a Bem-Aventurada Virgem Maria; para o Papa, o Bispo e a Paz. O livro é tão completo que traz ainda os próprios da Missa (Graduais, aleluias e tractos) nos tons de salmodia simples e solene, para as Igrejas que não tem condições de executar os cantos do Graduale incluso.

É realmente uma aquisição explêndida, que vale a pena cada centavo (que está bem em conta, ao se ater que um Liber Usualis está em torno de R$ 300,00 a 400,00, devido a importação).

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sábado, 8 de junho de 2013

Sobre a Tríplice Concupiscência e os Conselhos Evangélicos

São João Maria Vianney,
rogai por nós e pelos sacerdotes
“Porque tudo o que há no mundo é concupiscência da carne, concupiscência dos olhos e soberba de vida” (I Jo II, 16).

Com estes versículos, São João resume bem as consequências do pecado original que todos os homens, a exceção de Nosso Senhor Jesus Cristo e de sua Mãe Santíssima, nasceram sob o domínio.
 Por concupiscência da carne ele se refere ao apego desordenado à sensualidade, seja ele através da gula e do abuso da bebida, que é como que uma preparação para o próximo estágio, seja através da falta de castidade, que toda a humanidade é chamada a viver, segundo seu estado de vida (como a castidade conjugal, em que os esposos têm relações sexuais com a abertura à procriação e como remédio para a própria concupiscência). É inclusa aí a luxúria.
 Por concupiscência dos olhos ele se refere ao apego desordenado aos bens temporais. E inclusa aí a avareza. Vai contra o desapego dos bens materiais que a Igreja sempre convidou a todos a terem, ricos e pobres, e ao auxílio daqueles que tem mais devem dar aos que tem menos.
 Por soberba de vida, São João se refere ao orgulho, à soberba, talvez a cabeça de todos os pecados e o único pecado que fez perder os anjos.
 Como remédio, devemos sempre pedir em oração ao Espírito Santo as virtudes que são contrárias: a castidade, o desapego dos bens materiais e a humildade; e rezar uns pelos outros para que correspondamos à graça de Deus, que nunca nega àqueles que pedem com o coração sincero.
 A uma classe de filhos da Igreja, na qual Nosso Senhor Jesus Cristo chama a uma santidade maior, ele dá os chamados conselhos evangélicos. Estes conselhos são seguidos pelos religiosos e religiosas, mas, sobretudo, pelos sacerdotes, classe de filhos da Igreja que deve exceder em santidade a todas as outras, até mesmo a dos religiosos.
 Os conselhos evangélicos, como o próprio nome indica, são conselhos e não são para todos. Para a humanidade inteira são necessárias as virtudes citadas: castidade segundo o estado de vida; desapego dos bens materiais; humildade. Para estes filhos chamados a um alto grau de santidade Nosso Senhor dá os conselhos, que são: os votos de castidade, de pobreza e de obediência.
 O voto de castidade é vivido na completa continência, abstendo-se de toda e qualquer relação sexual.
 O voto de pobreza é vivido não tendo posse de nada (esse voto, pelas suas particularidades, pode ser vivido desde a renúncia da posse e do usufruto dos bens; até a renúncia da posse, mas com manutenção do usufruto dos bens, principalmente de objetos pessoais, como as vestes, livros e paramentos litúrgicos).
 O voto de obediência, talvez o menos compreendido atualmente, consiste em sacrificar a vontade em favor da vontade do superior. Revela um alto grau de humildade. Mas é preciso salientar que não é obediência cega, sem discernimento. Dou alguns exemplos: um superior que ordenasse um pecado não deveria ser obedecido, como um que mandasse seu inferior matar alguém; uma ordem iníqua também não deve ser obedecida, como por exemplo, um superior que, para punir a falta do seu inferior, mandasse ficar nu em frente da comunidade para humilhá-lo; igualmente aquele superior que vendo que seu inferior tem grande amor para com a Eucaristia, mandasse profana-la para puni-lo. A obediência é, sobretudo, naquilo que a Igreja sempre ensinou. São Paulo já dizia que se um anjo viesse e pregasse outro evangelho, seja anátema! Da mesma forma, se um anjo ordenasse algo diferente do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, seja também anátema.
 O demônio, em suas tentações, usa o lado mais fraco da pessoa. Para aqueles obrigados aos conselhos evangélicos por voto, ele vê em qual voto a pessoa tem mais fraqueza. Lamentavelmente, é principalmente contra um dos três votos que ocorre a queda daqueles que o fazem, sobretudo os padres.
 Por isso, devemos sempre rezar pelo clero, sobretudo pelos sacerdotes, para que tenham as graças necessárias de Deus para manter os três votos e progredir sempre na santidade. Devemos pedir mais ainda se sabemos de alguém que teve a desgraça de não corresponder à graça de Deus e violou um dos votos. Estes, principalmente, necessitam de nossas orações e de nossas mortificações, unidas, pelas mãos de Nossa Senhora, aos sacrifícios de Cristo, em especial ao Sacrifício da Missa.
A superação da crise da Igreja passará necessariamente por nossa santificação, mas, sobretudo, pela santificação daqueles que tem a cura das almas, pois eles são instrumento de santificação dessas almas.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Meditações de São João Bosco: Fim do homem

Dom Bosco escutando as confissões dos jovens
1. Considera, meu filho, que este teu corpo, esta tua alma te foram dados por Deus, sem nenhum merecimento de tua parte, quando te criou à sua imagem. Ele te fez seu filho no Santo Batismo, amou-te e ama-te ainda com ternura de pai e criou-te para este único fim: para que o ames e o sirvas nesta vida e possas assim ser um dia eternamente feliz com Ele no Céu.
Não estás portanto no mundo somente para gozar, nem para enriquecer, nem para comer, beber e dormir, como os animais. O teu fim é muitíssimo mais nobre e mais sublime; o teu fim é amar e servir ao teu Deus e salvar a tua alma. Se assim fizeres, quantas consolações experimentarás na hora da morte! Mas se não procurares servir a Deus, quantos remorsos terás no fim da vida! As riquezas, os prazeres que buscaste com tanto afã somente te servirão para encher o teu coração de amargura e então conhecerás o mal que tais coisas fizeram à tua alma.
Meu filho, não queiras de modo algum pertencer ao número daqueles que pensam somente em satisfazer o corpo com atos, conversas e divertimentos maus. Naquela hora extrema se encontrarão em grande perigo de se condenarem eternamente. Um secretário do rei da Inglaterra expirava dizendo: "Ai de mim! gastei tanto papel em escrever as cartas do meu príncipe e não usei uma folha sequer para tomar nota dos meus pecados e fazer uma boa Confissão!"
2. Torna-se ainda maior aos teus olhos a importância deste fim, se consideras que dele depende a tua salvação ou a tua perdição. Se salvas a alma, tudo estará bem e gozarás para sempre; mas se não alcançares isto, perderás alma e corpo, Deus e Paraíso e serás condenado para sempre. Não imites aqueles infelizes que se iludem dizendo: "Cometo este pecado, mas depois me confessarei". Não te enganes a ti mesmo desta forma. Deus amaldiçoa a quem peca na esperança do perdão: Maledíctus homo qui peccat in spe. Lembra-te que todos os que estão no inferno tinham esperança de emendar-se mais tarde e no entanto se perderam eternamente. Quem sabe se depois terás tempo para confessar-te? Quem te garante que não hajas de morrer logo depois do pecado e que a tua alma não seja precipitada no inferno? Além disso, que grande loucura não seria ferir-te a ti mesmo na esperança de que o médico te venha depois curar a ferida! Afasta pois a enganadora ideia de poderes entregar-te a Deus mais tarde. Neste mesmo momento detesta e abandona o pecado, que é o maior de todos os males e que, afastando-te do teu fim, te priva de todos os bens.
3. Quero ainda indicar à tua consideração um laço terrível com que o demônio prende e arrasta à perdição tantos cristãos: é deixar que aprendam as coisas da religião, mas não as pratiquem. Eles sabem que foram criados por Deus para amá-lo e servi-lo e entretanto, com suas obras, parece que buscam somente a própria ruína. Quantas pessoas não vemos nós neste mundo que em tudo pensam menos em salvar-se? Se digo a um jovem que frequente os Sacramentos, que faça um pouco de oração, responde-me: "Tenho mais que fazer; preciso trabalhar, preciso divertir-me". Ó infeliz! E acaso não tens uma alma para salvar?
Por isso, tu, ó jovem cristão, que lês esta consideração, vê lá, não te deixes enganar desta maneira pelo demônio. Promete a Deus que tudo o que fizeres ou disseres e pensares no futuro será para o bem da tua alma; porque seria a maior loucura ocupar-te com tanto empenho no que acaba tão depressa e pensar tão pouco na eternidade, que nunca há de acabar. São Luiz podia ter prazeres, riquezas e honras, mas renunciou a tudo dizendo: "Que me serve tudo isto para a minha eternidade?" — Quid haec ad aeternitátem? — Conclue também tu da mesma maneira: "Tenho uma alma; se a perco, perco tudo. Que me vale ganhar o mundo inteiro, se isto for com prejuízo de minha alma? Quid enim prodest hómini, si mundum univérsum lucrétur, ánimae vero suae detriméntum patiátur? De que me serve vir a ser um grande homem, um ricaço, adquirir fama de sábio, tornando-me conhecedor de todas as artes e ciências deste mundo, se depois vier a perder a minha alma?" De nada te serviria toda a sabedoria de Salomão, se viesses a perder-te.
Dize pois assim: "Fui criado por Deus para salvar a minha alma e a quero salvar a todo o custo. Quero que no futuro o único fim das minhas ações seja amar a Deus e salvar a minha alma. Trata-se de ser ou para sempre feliz ou para sempre infeliz. Perca-se tudo, contanto que me salve! Meu Deus, concedei-me o perdão dos meus pecados e fazei que não caia jamais na desgraça de ofender-vos. Ajudai-me com a vossa santa graça para que possa fielmente amar-vos e servir-vos para o futuro. Maria, minha esperança, intercedei por mim".
(Fonte: Dom Bosco: O Jovem Instruído. São Paulo: Livraria Salesiana Editora, 1952, páginas 52-55)

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Vídeos de algumas Missas

Algumas das Missas que filmamos nas diversas igrejas e capelas por onde passamos.

27/05/2012, Pentecostes, Igreja de São Sebastião, bairro Barreira do Triunfo, Juiz de Fora/MG Pe. Elílio de Faria Matos Jr.


16/06/2012 Missa de S. Maria in Sabbato, Capela São Domingos, bairro Teixeiras, Mons. Miguel Falabella de Castro


27 de outubro de 2012, Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, Capela Nosso Senhor dos Passos. Mons. Miguel Falabella de Castro

30 de maio de 2013, Solenidade de Corpus Christi, Capela San Francesco de Paola (Casa D'Itália). Mons. Miguel Falabella de Castro.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Aviso: Não haverá Missa no dia 02/06/2013

Após uma belíssima Festa de Corpus Christi na Forma Extraordinária do Rito Romano, com a Capela S. Francisco de Paula cheia, não teremos a Santa Missa no próximo Domingo.