quinta-feira, 30 de maio de 2013

DÚVIDAS SOBRE A MISSA TRIDENTINA

Missa de Pentecostes de 2013 em Juiz de Fora
O que é a missa tridentina?
A missa tridentina nada mais é que a missa no Rito Romano, no uso extraordinário.

O que é rito?
Na Igreja existem muitos ritos, que são maneiras diferentes de celebrar a missa e os demais sacramentos. Temos, por exemplo, o rito bizantino, o rito copta, o rito ambrosiano e o rito romano.

Qual é a origem da missa tridentina?
A missa tridentina tem sua origem em Roma, cidade onde São Pedro foi martirizado como bispo. Ele foi o primeiro papa. Houve um progressivo desenvolvimento durante séculos. Ela sofreu influência de muitos outros ritos, como o rito usado na região da França (rito Galicano antigo). Após o início do protestantismo, muitos começaram a modificar o rito de maneira errada para representar os erros defendidos pelos protestantes. Então um papa que também foi um santo, São Pio V, a pedido do Concílio de Trento, restaurou a missa, purificando-a de muitos erros. Essa forma de missa, modificada em pequenos detalhes secundários pelos papas, chegou até o século XX e até hoje é celebrada. É a missa que chamamos de missa tridentina, isto é, a missa restaurada pelo papa São Pio V a pedido do Concílio de Trento.

A missa tridentina não foi abolida ou proibida pelo Concílio Vaticano II?
De maneira nenhuma. O papa Bento XVI, atualmente papa emérito, lembrou-nos no Motu Proprio “Summorum Pontificum”, no artigo primeiro: “(...) é licito celebrar o Sacrifício da Missa segundo a edição típica do Missal Romano promulgado pelo beato João XXIII em 1962, que não foi nunca abolida (numquam abrogatam), como forma extraordinária da Liturgia da Igreja.”

O que é o Motu Proprio Summorum Pontificum?
É um documento que o papa Bento XVI publicou em julho de 2007, sobre a missa tridentina e os outros sacramentos. Ele reafirmou o fato da missa tridentina nunca ter sido abolida e liberou sua celebração a pedido dos fiéis sem necessidade de autorização episcopal. O papa explicou que existem duas formas de celebração do rito romano: a forma ordinária (a missa que todos conhecemos) e a forma extraordinária (a missa tridentina). São “duas expressões do único rito romano”.

Por que celebrar a missa usando uma forma antiga de missa, ao invés da nova forma, mais adaptada aos tempos modernos?
A missa tridentina é reflexo de tudo o que a Igreja sempre ensinou sobre a própria missa, verdadeiro sacrifício, que renova de forma incruenta, o sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo no Calvário. Os diversos sinais da Cruz relembram isso a cada instante. E as diversas genuflexões lembram a presença real de Nosso Senhor Jesus Cristo, presente verdadeiramente debaixo das espécies do pão e do vinho após a consagração realizada pelo padre que faz a transubstanciação.

Mas o padre, na missa tridentina, não despreza os fieis, ao dar as costas para eles e olhar para eles com olhar baixo?
De maneira nenhuma. Durante a maior parte da missa o padre e os fieis olham para o leste, para o oriente, onde nasce o sol e onde virá Nosso Senhor Jesus Cristo para sua segunda vinda gloriosa, para julgar os vivos e os mortos. Todos os fieis estão voltados para o Senhor, tendo como guia o padre, que como que mostra o caminho. No rito tridentino, os gestos do padre são sóbrios e humildes. O padre evita levantar muito a mão para dar a bênção e olha os fieis com um olhar baixo.

Mas não se entende nada na missa celebrada em latim!?
A missa é um culto para Deus, não há necessidade dos fieis entenderem todas e cada uma das cerimônias e textos. Mesmo na forma ordinária em português são poucas as pessoas que compreendem realmente o que está acontecendo a cada momento. Para facilitar o acompanhamento da missa está disponível textos em latim e em português, como o “Ordinário da Missa” e o “Missal Romano Quotidiano”.

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